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O INSTITUTO GREGORIO BAREMBLITT nasce do encontro de um grupo de amigos com um desejo comum de reinventar novas práticas sociais. Para tanto constituímos uma associação sem fins lucrativos. Seu nome é uma homenagem ao psiquiatra, psicoterapeuta, professor, pesquisador, analista e interventor institucional, esquizoanalista, esquizodramatista e escritor Gregorio Franklin Baremblitt. Nosso desejo é que este dispositivo tenha uma inserção social e que possamos construir com nossa comunidade um Outro Mundo Possível.

domingo, 13 de março de 2011

VIOLÊNCIA E INJUSTIÇA SOCIAL

Colocar como motivo da violência local quem é de fora é reducionismo, irresponsabilidade, falta de embasamento do tema e determinismo!
Respeitamos os sentimentos das pessoas, dos amigos e famílias que sofrem neste momento.
Louvamos as iniciativas das pessoas e autoridades em quererem a paz e somamos nossos sentimentos a todos.
Mas temos um ótimo momento pra desmistificarmos o discurso conveniente e passional de que os imigrantes/trabalhadores "são os responsáveis" por algo que tem raízes mais profundas e complexas na questão social.
A lógica desse pensamento/discurso é analogamente a mesma que serviu de justificativa para horrores étnicos e relgiosos como, por exemplo, o holocausto e o confronto entre tutsis e hutus (Ruanda), ou mesmo o que ocorre neste momento em Darfur, no Sudão.
Peço cautela e responsabilidade para aqueles que formam opinião. Os crimes hediondos em Frutal, em um espaço de 30 horas, por demais que nos chocaram. E não podemos nos calar.
Mas peço principalmente aos alunos/as de todos os lugares que coloquem em prática através da reflexão o que aprendem e dialogam com seus professores de ética, sociologia, história, política, filosofia, antropologia, geografia...
É um momento especial que nos ajuda a sermos de fato críticos e responsáveis sem perder a noção das coisas, por mais difícil que seja diante de tanta atrocidade. O rumo que as coisas estão tomando e o que andamos a ouvir pelas rádios sobre os acontecimentos últimos são demasiadamente perigosos.
Tal postura pode nos levar a combater os efeitos como causa.
Rodrigo Furtado (cientista social, UEMG/Frutal e FAF)

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