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O INSTITUTO GREGORIO BAREMBLITT nasce do encontro de um grupo de amigos com um desejo comum de reinventar novas práticas sociais. Para tanto constituímos uma associação sem fins lucrativos. Seu nome é uma homenagem ao psiquiatra, psicoterapeuta, professor, pesquisador, analista e interventor institucional, esquizoanalista, esquizodramatista e escritor Gregorio Franklin Baremblitt. Nosso desejo é que este dispositivo tenha uma inserção social e que possamos construir com nossa comunidade um Outro Mundo Possível.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

IGB Frutal completa um ano de diálogo com a comunidade

No dia 10 de abril, o Instituto Gregório Baremblitt (IGB) de Frutal completou o primeiro ano de vida. A festa de comemoração acontecerá em um dos dias da Semana da Luta Antimanicomial, que será do dia 16 a 20 de maio.  O psiquiatra do IGB e do CAPS Frutal, Celso Peito Macedo Filho, adianta que, na terça (17/05) ou na quinta (19/05), uma pessoa reconhecida nacionalmente vai ser convidada para fazer uma conferência sobre saúde mental e depois haverá um coquetel na sede do IGB, situado em frente ao Alvorada Praia Clube (APC).

BALANÇO

“Nesse primeiro ano, nossa tentativa foi de criar uma interlocução com a comunidade, através de alguns mecanismos como o Cine Clube, um espaço cultural e de reflexão e o Grupo de Estudo. Nos dois projetos temos conseguido a presença de pessoas não só de Frutal, mas da região”, comemora Dr. Celso. O psiquiatra ainda lembrou que durante o primeiro ano de vida do IGB Frutal, importantes personalidades estiveram presentes para enriquecerem a educação e cultura da comunidade. Entre estas; o conceituado professor Gregório Baremblitt, conhecido mundialmente; presente na inauguração, juntamente com a Dra. Margareth Amorim, psicóloga clínica, Dra. Maria de Fátima de Oliveira, coordenadora do CAPS Maria Boneca de Uberaba, Dr. Jorge Bichuetti, coordenador clínico do CAPS Maria Boneca e Dra. Marta Zapa, psicóloga clínica e ex-coordenadora de saúde mental do estado do RJ. “No segundo semestre recebemos a Odila Braga, coordenadora do CAPS, pós graduada em saúde mental e saúde pública, fundadora da Fundação Gregório Baremblitt, diretora técnica do CAPS e referência da saúde mental na região por mais de cinco anos e Maria Helena Paiva, referência técnica atual na região do Sul de Minas e que  participou do Programa de Atenção Integral ao Paciente Judiciário Portador de Sofrimento Mental”, citou Dr. Celso que completa que a presença dessas pessoas abrilhantou discussões, através da troca de experiências. Desde o começo deste ano, o IGB Frutal participa da construção da Universidade Popular Juvenal Arduine em Uberaba. Além disso, promoveu na Casa do Advogado no mês passado conferência sobre a violência contra a mulher, com a presença de várias autoridades e estudantes da UEMG e FAF.

PSIQUIATRA FALOU SOBRE O MASSACRE NA ESCOLA DO RJ

Diante deste fato que chocou o País, ou seja, o brutal assassinato de 12 alunos em uma escola municipal na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril, quinta-feira, praticado por um jovem perturbado, de 23 anos, que se suicidou; o psiquiatra frutalense Celso Peito Macedo Filho explicou que é difícil fazer um diagnóstico depois que a pessoa não está mais presente. O psiquiatra preferiu falar de forma mais abrangente; sobre sociopatias. “Alguns autores trabalham com o conceito de sociopatias contemporâneas e quais as causas? A primeira causa é que muitas vezes o ser humano tem sido visto como mercadoria e nesse sentido entra o conceito de descartabilidade, alguém que não é aproveitada socialmente. O segundo aspecto é que dentro do modo de produção capitalista criamos uma sociedade individualista que gera uma pressão sobre as pessoas. Outra questão é a crise estrutural da família. E uma outra questão ainda é uma revolução técnica científica; muitas mudanças acontecendo de forma muito rápida e muitas vezes as pessoas não conseguindo acompanhar gera muita angústia e conflitos. Hoje também vivemos uma violência social, principalmente pela criminalidade, miséria e consumo de drogas”. Questionado sobre o que ele acredita como causas para o massacre na escola do Rio de Janeiro, o psiquiatra explica que são várias hipóteses. “São muitos fatores envolvidos, mas algumas coisas podem ser feitas como rediscutir a questão do desarmamento na sociedade. Se esse rapaz não tivesse o acesso fácil as armas talvez não teria cometido essa quantidade de assassinatos. E uma que ficou muito clara foi a questão do bullying na escola, mas temos que notar que esse rapaz estava vivendo um processo de exclusão familiar e social”, finaliza Dr. Celso.  

Renato Manfrim – editor do Jornal Pontal e assessor de imprensa do IGB Frutal

Um comentário:

  1. Celso, assim, que tiver um tempinho, mande minhas perguntas, querida: um abração.Jorge

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