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O INSTITUTO GREGORIO BAREMBLITT nasce do encontro de um grupo de amigos com um desejo comum de reinventar novas práticas sociais. Para tanto constituímos uma associação sem fins lucrativos. Seu nome é uma homenagem ao psiquiatra, psicoterapeuta, professor, pesquisador, analista e interventor institucional, esquizoanalista, esquizodramatista e escritor Gregorio Franklin Baremblitt. Nosso desejo é que este dispositivo tenha uma inserção social e que possamos construir com nossa comunidade um Outro Mundo Possível.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

II Congresso Internacional de Esquizoanálise e Esquizodrama entusiasmou profissionais da saúde de Frutal

O encontro em Uberaba nos dias 10, 11 e 12 de setembro foi um pré congresso para o Internacional de Saúde Mental e Direitos Humanos – Associação das Mães da Praça de Maio – Buenos Aires – Argentina no mês de novembro



Durante três dias, 10, 11 e 12 de setembro, aproximadamente 500 profissionais e estudantes de 60 instituições de saúde mental do Brasil, Argentina, Uruguai, Portugal e Espanha participaram do II Congresso Internacional de Esquizoanálise e Esquizodrama. A confraternização que buscou um novo pensar do mundo aconteceu na Casa do Folclore, Uberaba, foi organizada pela Fundação Gregório Baremblitt de Uberaba e de Minas Gerais, Instituto Felix Guattari de Belo Horizonte e Centro Felix Guattari de Montevideo; e contou com conferências, mesas redondas, debates, entre outras atividades.
Profissionais do CAPS (Centro de Apoio Psicossocial) Frutal, Instituto Gregório Baremblitt, entre outras clínicas da cidade e região estiveram no encontro e voltaram entusiasmados. Foram eles: os médicos psiquiatras Celso Peito Macedo Filho e Ludmilla Souto Viana Peito Macedo, os psicólogos Bernardino Lopes Neto, Ana Paula Araújo, Raquel Rocca Ravena, Ana Helena Cury de Andrade Diniz, Angélica Luíza Polastrini Marques, Edna Rodrigues e Simone Alves Cavalcanti, além da enfermeira Valdereza Faria Bolela e da assistente social Cíntia Silva Macedo.
Relacionados à esquizoanálise e esquizodrama, temas como Principais Esquizoemas, Realidade e Realteridade, Capitalismo e Esquizofrenia, As Quatro Ecologias, Subjetividade e Subjetivação, Direitos mais que Humanos, Movimentos Populares, Saúde Integral e Mental, Economia Solidária, Ciência, Filosofia, Arte, Política, Direito, Educação e As Klínicas do Esquizodrama foram abordados e discutidos pelos principais nomes da psiquiatria e psicologia da América Latina e do mundo. Entres estes; Gregório F. Baremblitt, Gregório Kazi, Alfonso Lans, Jorge Bichuetti, entre outros. 
A presidente da Fundação Gregório F. Baremblitt de Uberaba e supervisora do CAPS Frutal, Maria de Fátima Oliveira, coordenadora do congresso, destacou a reforma psiquiátrica do país, universidade e entidades que trabalham com a área social, ecologia e o combate à violência como os temas mais relacionados aos dias atuais e que foram amplamente discutidos no encontro internacional.
O psicólogo argentino Gregório Kazi, um dos responsáveis pela direção das Mães da Praça de Maio, acredita que encontros como estes contribuem em duas dimensões. “As pessoas conseguem esclarecer críticas e socializar em uma forma de produção de vida”, comentou.

Esquizoanálise e Esquizodrama



A esquizoanálise, uma concepção da realidade criada por Gilles Deleuze e Felix Guattari, preocupa-se com os indivíduos, os grupos e as instituições na sua composição com o mundo. Consiste em uma ampla leitura da realidade, tanto natural, quanto social, subjetiva e industrial-tecnológica, assim como de uma realidade “outra”, pluripotencial e imperceptível.
Apoiado num propósito inventivo, o esquizodrama, baseado na esquizoanálise, foi criado por Gregorio F. Baremblitt e trata-se de um procedimento que pode ser utilizado em todo tipo de organização, estabelecimentos, grupos e também com indivíduos, com finalidades terapêuticas, pedagógicas e organizativas.
Segundo Gregório Baremblitt, que esteve nos três dias do congresso, a base teórica, ética, política e filosófica do esquizodrama é a esquizoanálise. “O esquizodrama é uma das aplicações que tem atitude e que mobiliza todos os sentidos, como respiração e mecanismos da expressão”, declarou um dos principais nomes da psiquiatria mundial.
O filósofo Orfilo Fraga, coordenou um dos vários tipos de esquizodrama que foram realizados no congresso. Denominado a Dança do Sopro, a técnica foi desenvolvida a partir de alguns autores que trabalham com a respiração e com o corpo. “Sugeriu a capacidade que a gente tem de conhecer forças nossas que são inconscientes, não aparecem normalmente e que tem relação com todo o universo”.



IGB Frutal

Os médicos psiquiatras Celso Peito Macedo Filho e Ludmilla Souto Viana Peito Macedo e o psicólogo Bernardino Lopes Neto estiveram entre os mais entusiasmados com os resultados do congresso. Eles falaram que foi
uma oportunidade de se pensar novas formas de cuidar do sofrimento das pessoas. “Esse encontro também é uma oportunidade que temos para não nos sentir sozinho, estar mais próximos de pessoas que a gente gosta, estabelecer relações, criando vínculos que vão além do congresso”, afirmou Dr. Celso.
Para a Dra. Ludmilla, os três dias em Uberaba também foi uma forma de repensar o modo de se produzir uma clínica para cuidar melhor da saúde mental. “Além disso, discutimos ainda formas de fazer um mundo melhor”. Ao complementar, o psicólogo Bernardino comentou que sentiu o congresso como algo realizado entre amigos.

Renato Manfrim

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