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O INSTITUTO GREGORIO BAREMBLITT nasce do encontro de um grupo de amigos com um desejo comum de reinventar novas práticas sociais. Para tanto constituímos uma associação sem fins lucrativos. Seu nome é uma homenagem ao psiquiatra, psicoterapeuta, professor, pesquisador, analista e interventor institucional, esquizoanalista, esquizodramatista e escritor Gregorio Franklin Baremblitt. Nosso desejo é que este dispositivo tenha uma inserção social e que possamos construir com nossa comunidade um Outro Mundo Possível.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

IGB propõe reflexões junto à comunidade

O Instituto Gregório Baremblitt (IGB) de Frutal, inaugurado no mês de abril, produz um trabalho de reflexão junto à comunidade e profissionais da saúde mental. Através de “Conversações” e o “Cine Clube”, a comunidade participa para pensar sobre várias áreas da saúde, da educação, sistema prisional, entre outros assuntos.
O psicólogo do IGB, Bernardino Pereira Lopes Neto, conta que a partir dos encontros do 1º semestre, juntamente com o psiquiatra Celso Peito Macedo Filho, produziram a programação atual das atividades.
De acordo com o psiquiatra Celso, a Semana da Luta Antimanicomial de Frutal, parceria do IGB com o CAPS (Centro de Apoio Psicossocial), entre os dias 17 e 20 de maio, foi de fundamental importância para o saldo do primeiro semestre. Palestras, eventos artísticos, almoço coletivo, filmes, entre outras atividades, foram às atrações à comunidade. Um dos destaques da Semana foi a palestra da renomada psicóloga Marta Zapa que falou sobre sua prática clínica que inspirou muitos profissionais da saúde mental de Frutal.

Programação 2º semestre – Nos dias 9, terça-feira, e 23 de agosto, segunda, o grupo de Conversações discutiu ideias de pensadores com respeito à “Reabilitação Psicossocial no Brasil”. No dia 13 de setembro, segunda-feira, Conversas Klínicas contará com as participações das palestrantes: a psicóloga, pós graduada em Saúde Mental, Odila Braga e Helena Paiva, psicóloga clínica. Nos dias 27 de setembro, 18 de outubro e 8, 22 e 29 de novembro, o grupo de estudo do IGB continuará a refletir temas pertinentes para a prática cotidiana dos profissionais.

CINECLUBE

Nos filmes do primeiro semestre o IGB deu ênfase à saúde mental, já que a intenção foi mostrar o local de trabalho. “Com a chegada das pessoas cada um foi dando o tom e fomos produzindo outros interesses”, comenta o psiquiatra Celso Peito.
Na programação do segundo semestre, os filmes falarão sobre miséria, realidade nacional, gravidez na adolescência, relacionamentos, ou seja, temas diversificados. No dia 30 de agosto, segunda-feira, as pessoas que ligaram no IGB e reservaram seu lugar, assistiram ao longa metragem Querô que fala sobre a realidade do filho de uma prostituta. Confira o restante da programação (todos os filmes começam às 20h): 20/09 – Eles Não Usam Black; 5/10 – Acossado; 25/10 – Medos Privados em Lugares Públicos; 6/12 – Cenas de Um Casamento Parte I e 13/12 – Cenas de Um Casamento Parte II.

CONGRESSO

Nos dias 10, 11 e 12 de setembro, o IGB Frutal participa do 2º Congresso Internacional de Esquizoanalise e Esquizodrama, em Uberaba, Casa do Folclore. Parceiros da Fundação Gregório Baremblitt de Uberaba (o patrocinador do congresso juntamente com a Fundação Baremblitt de Belo Horizonte), os profissionais do instituto de Frutal comentaram que será um momento muito rico para todos que participarem. “Vão estar os nomes mais importantes da produção intelectual da atualidade da área de saúde mental e outras áreas também. Estarão convidados da Argentina, Uruguai, Portugal e Brasil. É um pré-congresso para o Internacional de Saúde Mental dos Direitos Humanos de Buenos Aires, que é o congresso mais importante de saúde mental da atualidade”, adiantou Dr. Celso que ainda explica que o congresso tratará do conhecimento humano e não somente de saúde mental. “Vai tratar de todas as esferas da vida humana. Quando vamos discutir esquizoanálise estamos discutindo o nosso próprio modo de vida; é uma mudança ética, estética e política”.

PAI-PJ

O psiquiatra Celso Peito esteve no dia 25 de agosto, quarta-feira, nas cadeias públicas de Campina Verde e Iturama para auxiliar no PAI - PJ (Programa de Atenção Integral ao Paciente Judiciário Portador de Sofrimento Mental). O programa, que está sendo coordenado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, visa oferecer um tratamento digno para os portadores de sofrimento mental que estão em medida de segurança, ou seja, para aqueles que acabaram no manicômio judiciário. “A proposta é que é esses manicômios precisam ter um fim. Precisamos oferecer um tratamento que vai oferecer alguma possibilidade de melhora; reinserção social. Vamos tentar articular junto ao poder judiciário local para que essa clientela não fique mais nas cadeias. A justiça determina que essas pessoas sejam tratadas de forma adequada. Hoje o tratamento adequado é no serviço substitutivo, nos CAPS”, afirmou o psiquiatra.

Renato Manfrim

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