Bullying: uma novidade?... Uma nova palavra para um velho e crónico problema: a discriminação, a marginalização e estigmatização do diferente e dos que são para um mundo de padrões rígidos e excludentes a fragilidade e o exótico.
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O esquizofrênico não teria um corpo danificado e mortificado, se ele não fosse negado, ridicularizado, inibido e violado.
As instituições totais aniquilam a potência de vida e torna a vida sob seus cuidados uma vida estropiada.
Contudo, o estigma e a anulação da potência criativa da vida não funciona somente dentro dos muros de um asilo.
Toda vez, que uma ação ou um modo de se relacionar coíbe as trocas e as fazem tenderem a zero, instala-se um funcionamento de instituição total com todo seu poder de aniquilamento e cronificação física e mental de uma suposta desvalia.
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Cabe recordar que todos que vivenciam situações de algum grau de desterritorialização estão, potentemente, abertos ao novo; contudo, vulneráveis e muito mais vulneráveis às capturas e violências do meio externo.
Situam-se , neste contexto, as crianças e os jovens, os portadores de sofrimento mental, os apaixonados, os artistas, qualquer pessoa sob efeito de drogas alucinógenas, os idosos, os portadores de singularidades e diferença, os que estão sem pertenças nos coletivos, eles vivenciam desterritorializações que os vulnerabilizam aos ataques do meio social.
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O Bullying é violência aos direitos humanos. É perversidade e exclusão. Crime de ódio.
A diferença é que dá coma aprovação implícita dos que não impõem uma ética nos espaços sociais de convivência.
O estigma e exclusão, a marginalizaçãoe discriminação via o ridículo, a gozação, os chistes e os próprios olhares de espanto e gozo sádico refletem no corpo do outro inibindo, contendo e isolando-o, danificando a autoimagem e a autoestima, enfim, gerando, uma vida que se percebe menos vida e que se encolhe, se retalha e decompõe...
São os efeitos da estigmatiza~ção e do asilo ambulante que se ressicita na voz e ação dos que violentam, excluem e ridicularizam...
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A longo prazo, o problema se não enfrentado, se agrava; pois, o corpo perde potência e vidadlidade; e o psiquismo é tatuado com uma lenda que cria um scripit de vida de desvalia, infeliciddade e perenes fracassos e uma continua auto-negação.
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Eis um problema clínico, político, pedagógico, ético e de direitos humanos...
Um problema de todos: família, escola, sociedade civil e estado...
Incluir é acolher, criar pertença, potencializar na diversidade, destruir estigmas e funcionamentos discriminátorios, é amor...
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Bullying é violência, física e psíquica.
Assim, nascem os corpos danificados e, também, assim, nascem os fascistas e perversos que impedem a paz e o amor, a solidariedade e a cidaania, a alegria e a vida plena, de todos e para todos...
http://jorgebichuetti.blogspot.com/
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- O INSTITUTO GREGORIO BAREMBLITT nasce do encontro de um grupo de amigos com um desejo comum de reinventar novas práticas sociais. Para tanto constituímos uma associação sem fins lucrativos. Seu nome é uma homenagem ao psiquiatra, psicoterapeuta, professor, pesquisador, analista e interventor institucional, esquizoanalista, esquizodramatista e escritor Gregorio Franklin Baremblitt. Nosso desejo é que este dispositivo tenha uma inserção social e que possamos construir com nossa comunidade um Outro Mundo Possível.
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